quinta-feira, 28 de junho de 2012

Devido calendário dos JERNS, formatura do PROERD é adiada

A formatura dos alunos de Santa Cruz capacitados pelo PROERD, programa de erradicação das drogas coordenador pelo Governo Municipal, foi adiada. O evento seria na última quarta-feira (20), mas como o Ginásio Marcílio Furtado estava cedido aos JERNs, foi prorrogado. Ainda não há uma data definida de quando a formatura acontecerá. A coordenação do PROERD vai esperar as escolas voltarem do recesso escolar para marcar uma nova data, mas a expectativa é que a formatura aconteça em agosto.
O ato final do semestre do PROERD será com cerimônia de formatura e uma gincana que deverá reunir todos os jovens atendidos pelo programa em todas as escolas onde há turmas do 5º ano sendo capacitadas.
De acordo com o coordenador do Proerd na região, o PM Jailson Marques uma melhor data será definida para a formatura acontecer. “Definiremos uma melhor data para todas as crianças participarem, por isso a formatura aconteceráem agosto”, destacou Jailson Marques.
A cerimônia de formatura é o último ato de toda uma programação que está sendo desenvolvida desde o início do mês. Aconteceram encontros com os pais ou responsáveis pelos alunos e uma caminhada com todos os alunos atendidos.
No próximo semestre, o PROERD deve atender as primeiras turmas do 7ª ano em Santa Cruz. Além disso, serão formadas turmas de pais para um curso que será voltado apenas aos responsáveis dos alunos atendidos.
O Programa Educacional de Resistência às Drogas (PROERD) já atendeu cerca de 2,7 mil estudantes do 5º ano em Santa Cruz. Este ano o programa atende a 27 turmas de alunos do 5º ano em Santa Cruz, três em São Bento do Trairí e três em Sítio Novo, com uma hora/aula, uma vez por semana.

Hábito de ler está além dos livros, diz um dos maiores especialistas em leitura do mundo

Um dos maiores especialistas em leitura do mundo, o francês Roger Chartier destaca que o hábito de ler está muito além dos livros impressos e defende que os governos têm papel importante na promoção de uma sociedade mais leitora.
O historiador esteve no Brasil para participar do 2º Colóquio Internacional de Estudos Linguísticos e Literários, realizado pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). Em entrevista à Agência Brasil, o professor e historiador avaliou que os meios digitais ampliam as possibilidades de leitura, mas ressaltou que parte da sociedade ainda está excluída dessa realidade.
“O analfabetismo pode ser o radical, o funcional ou o digital”, disse.
Agência Brasil: Uma pesquisa divulgada recentemente indicou que o brasileiro lê em média quatro livros por ano (a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, divulgada pelo Instituto Pró-Livro em abril). Podemos considerar essa quantidade grande ou pequena em relação a outros países?
Roger Chartier: Em primeiro lugar, me parece que o ato de ler não se trata necessariamente de ler livros. Essas pesquisas que peguntam às pessoas se elas leem livros estão sempre ignorando que a leitura é muito mais do que ler livros. Basta ver em todos os comportamentos da sociedade que a leitura é uma prática fundamental e disseminada. Isso inclui a leitura dos livros, mas muita gente diz que não lê livros e de fato está lendo objetos impressos que poderiam ser considerados [jornais, revistas, revistas em quadrinhos, entre outras publicações]. Não devemos ser pessimistas, o que se deve pensar é que a prática da leitura é mais frequente, importante e necessária do que poderia indicar uma pesquisa sobre o número de livros lidos.
ABr: Hoje a leitura está em diferentes plataformas?
Chartier: Absolutamente, quando há a entrada no mundo digital abre-se uma possibilidade de leitura mais importante que antes. Não posso comparar imediatamente, mas nos últimos anos houve um recuo do número de livros lidos, mas não necessariamente porque as pessoas estão lendo pouco. É mais uma transformação das práticas culturais. É gente que tinha o costume de comprar e ler muitos livros e agora talvez gaste o mesmo dinheiro com outras formas de diversão.
ABr: A mesma pesquisa que trouxe a média de livro lidos pelos brasileiros aponta que a população prefere outras atividade à leitura, como ver televisão ou acessar a internet.
Chartier: Isso não seria próprio do brasileiro. Penso que em qualquer sociedade do mundo [a pesquisa] teria o mesmo resultado. Talvez com porcentagens diferentes. Uma pesquisa francesa do Ministério da Cultura mostrou que houve uma redistribuição dos gastos culturais para o teatro, o turismo, a viagem e o próprio meio digital.
ABr: Na sua avaliação, essa evolução tecnológica da leitura do impresso para os meios digitais tem o papel de ampliar ou reduzir o número de leitores?
Chartier: Representa uma possibilidade de leitura mais forte do que antes. Quantas vezes nós somos obrigados a preencher formulários para comprar algo, ler e-mails. Tudo isso está num mundo digital que é construído pela leitura e a escrita. Mas também há fronteiras, não se pode pensar que cada um tem um acesso imediato [ao meio digital]. É totalmente um mundo que impõe mais leitura e escrita. Por outro lado, é um mundo onde a leitura tradicional dos textos que são considerados livros, de ver uma obra que tem uma coerência, uma singularidade, aqui [nos meios digitais] se confronta com uma prática de leitura que é mais descontínua. A percepção da obra intelectual ou estética no mundo digital é um processo muito mais complicado porque há fragmentos e trechos de textos aparecendo na tela.
ABr: Na sua opinião, a responsabilidade de promover o hábito da leitura em uma sociedade é da escola?
Chartier: Os sociólogos mostram que, evidentemente, a escola pode corrigir desigualdades que nascem na sociedade mesmo [para o acesso à leitura]. Mas ao mesmo tempo a escola reflete as desigualdades de uma sociedade. Então me parece que, também, é um desafio fundamental que as crianças possam ter incorporados instrumentos de relação com a cultura escrita e que essa desigualdade social deveria ser considerada e corrigida pela escola que normalmente pode dar aos que estão desprovidos os instrumento de conhecimento ou de compreensão da cultura escrita. É uma relação complexa entre a escola e o mundo social. E é claro que a escola não pode fazer tudo.
ABr: Esse é um papel também dos governos?
Chartier: Os governos têm um papel múltiplo. Ele pode ajudar por meio de campanhas de incentivo à leitura, de recursos às famílias mais desprovidas de capital cultural e pode ajudar pela atenção ao sistema escolar. São três maneira de interação que me parecem fundamentais.
ABr: No Brasil ainda temos quase 14 milhões de analfabetos e boa parte da população tem pouco domínio da leitura e escrita – são as pessoas consideradas analfabetas funcionais. Isso não é um entrave ao estímulo da leitura?
Chartier: É preciso diferenciar o analfabetismo radical, que é quando a pessoa está realmente fora da possibilidade de ler e escrever da outra forma que seria uma dificuldade para uma leitura. Há ainda uma outra forma de analfabetismo que seria da historialidade no mundo digital, uma nova fronteira entre os que estão dentro desse mundo e outros que, por razões econômicas e culturais, ficam de fora. O conceito de analfabetismo pode ser o radical, o funcional ou o digital. Cada um precisa de uma forma de aculturação, de pedagogia e didática diferente, mas os três também são tarefas importantes não só para os governos, mas para a sociedade inteira.
ABr: Na sua avaliação, a exclusão dos meios digitais poderia ser considerada uma nova forma de analfabetismo?
Chartier: Me parece que isso é importante e há uma ilusão que vem de quem escreve sobre o mundo digital, porque já está nele e pensa que a sociedade inteira está digitalizada, mas não é o caso. Evidente há muitos obstáculos e fronteiras para entrar nesse mundo. Começando pela própria compra dos instrumentos e terminando com a capacidade de fazer um bom uso dessas novas técnicas. Essa é uma outra tarefa dada à escola de permitir a aprendizagem dessa nova técnica, mas não somente de aprender a ler e escrever, mas como fazer isso na tela do computador.
Agência Brasil

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Desafio da escola: formar pensadores

Um dos maiores desafios para as escolas do século XXI é formar pessoas capazes de refletirem sobre o mundo e as problemáticas que o circunda. Livros volumosos e caros, computadores com acesso à internet de alta velocidade, tablets e tantas outras ferramentas pedagógicas, por si só, não garantem a formação de um cidadão crítico e reflexivo. É preciso que as instituições escolares, em especial os professores e educadores, resgatem o exercício do pensar nos seus espaços de sala de aula, visando garantir a formação efetiva e integral dos seus educandos e integrando temas geradores de discussões sociais.

Muitos professores erram ao pensar que o mero contato ou acesso dos alunos às informações garantem aprendizagem, entretanto, não é bem isso o que ocorre. Para que haja uma aprendizagem efetiva é fundamental que o indivíduo, no caso o aprendente, assimile essa informação - adquirida por meio de livros, sites, blogs, dentre outros - e a acomode em suas estruturas cerebrais, desencadeando as famosas sinapses, de forma que se configure a aprendizagem. A esses dois processos, o epistemólogo suíço, Jean Piaget, deu o nome de "assimilação e acomodação".

Muitos estabelecimentos de ensino são verdadeiros monstros devoradores, porque devoram sem dó nem piedade crianças e adolescentes, incutindo-lhes o desejo desenfreado de serem aprovados no vestibular desde tenras idades. Na maioria das vezes, essas escolas oferecem um ensino puramente tradicionalista, pautado apenas na recepção passiva de informações, sem ocorrência da construção do conhecimento por parte dos alunos. Ora, já é sabido que o que é realizado pelos educandos têm mais significado para estes. Como poderemos então forçar-lhes a aprender uma coisa que não faz sentido, tampouco faz parte de sua realidade?

Para formar pensadores é preciso que o professor, primordialmente, seja um sujeito instigador, facilitador, mediador, pesquisador e questionador das ideias e concepções vigentes. O educando precisa compreender que os conhecimentos dispostos para a humanidade não estão "prontos e acabados", mas em constante processo de reformulação e dinamicidade. É essencial que o aluno entenda que ele próprio pode contribuir para essa reformulação. Trata-se de formar indivíduos críticos, conscientes e agentes de mudanças na sua comunidade.

Um dos métodos eficazes na Grécia Antiga, e que ainda surte muito efeito na Educação, é maiêutica. A maiêutica, palavra grega que significa "arte de trazer à luz", foi um método criado pelo filósofo grego Sócrates, e que consistia em questionar os argumentos apresentados pelas pessoas, de forma que através desses questionamentos, o indivíduo percebesse a fragilidade e muitas vezes o equívoco de suas convicções a respeito de algum assunto. Os estímulos maiêuticos nada mais são do que a proposta de desenvolvimento da autonomia do cérebro, isso no que diz respeito ao aspecto da cognição, através de perguntas criativas e propositivas. Não se trata de "despejar" perguntas e mais perguntas para os alunos, mas lançá-las deforma planejada e sistematizada, procurando sempre, através dessas indagações instigantes e desafiadoras, suscitar o imaginário e a reflexão no sujeito.

Formar crianças, jovens, adultos e idosos baseados na "decoreba" do Ensino Tradicional é um crime, tanto contra a produção intelectual do país, como para os próprios aprendizes, que levarão para o resto de suas vidas as marcas de um ensino deficiente e incompetente.

Ivanilson Costa é pedagogo, mestrando em Ciências da Educação, escreve a convite do Instituto de Desenvolvimento da Educação (IDE), que colabora às sextas-feiras.

Diário de Natal

3ª CAMINHADA CONTRA AS DROGAS EM SANTA CRUZ

Aconteceu e foi muito bom!!! no dia 06 de junho à tarde foi realizada na cidade e Santa Cruz a “III Caminhada Contra as Drogas”. O evento que foi arquitetado e dirigido magistralmente pelos instrutores Proerdianos Cb-Jailson e Sd Alexsandro, contou também com a participação dos instrutores Proerd Sd Tertuliano, Sd Geonardo também o Sd Thiago. A caminhada reuniu crianças e adolescentes de 23 escolas daquele município que pelas principais ruas da cidade cantavam alegremente e com bastante entusiasmo as paródias do PROERD. Foram confeccionados pelos alunos vários cartazes que alertavam à população sobre os malefícios que as drogas causam e sobre as conseqüências de seu uso. A Equipe PROERD SERTÃO só tem a agradecer aos grandes parceiros que tem, pelo empenho e disposição com que sempre nos ajudam nesta luta. São eles o Governo Municipal de Santa Cruz, a Sec. Mun. de Educação, 7ª DIRED, Sec. Mun. de Saúde, os profissionais da educação, e as famílias que abraçam esta causa conosco e que tem feito com que o PROERD seja um programa de sucesso e que rende bastantes frutos positivos.