Amados leitores há um certo momento em nossa vida em que acabamos por aprisionar nossa pobre alma. Seja a um amor antigo que insiste em se tornar presente. Empregos. Bens materiais, drogas, bebidas, etc. São infinitas causas que teima em prender algo que foi criado para viver como os passarinhos, sobrevoando árvores e montanhas. Fazendo e refazendo longas viagens, por caminhos muitas vezes desconhecidos.
Tratando-se de sentimentos a angústia é aquele que mais prende e sufoca a alma humana, tornando-a prisioneira por um período longo e às vezes indefinido. Uma pessoa angustiada nenhuma palavra consola, nenhuma presença conforta. Parece que nestes momentos os caminhos se fecham diante dos nossos olhos. Terapias, conversas com amigos, podem até nos mostrar uma ou várias saídas, mas a dor angustiante que arde em nosso peito insiste em gritar mais alto e assim nos torna prisioneiros do medo e da dúvida, piores inimigos da esperança. A aflição deste momento congela nossos pensamentos e nos torna inerte diante de situações que qualquer outra pessoa ver solução, menos nós mesmo.
Esse sentimento é terrível gente, eu quero mais é voar, e voar cada vez mais alto; quero ter como meta a audácia de conquistar o infinito. Sair por ai como as borboletas de flor em flor a procura do néctar, seu alimento vital; todavia, pode-se perceber que elas não se prendem a nenhuma flor, sempre voam em busca de algo novo, de uma nova flor, de um novo néctar.
Quantos se prendem a pessoas, amizades, eu depois vem a perceber que na verdade o único amigo era você. Queridos, fomos criados para sermos livres. O próprio criador nos diz: “Se queres ser livre, vem e segue-me”. Vejam bem como o Mestre dos Mestres flexiona perfeitamente a expressão: se queres... Hoje além de estarmos presos em certas ocasiões ainda obrigamos que outras pessoas se prendam a nós, a nossa dor, a nossa angustia. Tenho em mim que o verdadeiro amor é aquele que deixa a alma amante livre pra voar, pois terá sempre em seu coração a certeza de que ela voltará e então as almas amadas e amantes se reencontrarão.
Percebe-se que expressões mágicas tais como: eu te amo, me perdoe, obrigado, desculpa, por favor..., estão se extinguindo do nosso dicionário cotidiano, assim como as várias espécies de pássaros estão sendo extintas pelo mesmo predador: o próprio homem.
Por isso “se você quiser” pode dizer varias vezes, assim como uma pessoa muito querida me ensinou a dizer a mim mesma até que eu me convença desta verdade: Jesus me libertou e hoje sou uma pessoa verdadeiramente livre!
Natália Costa
Juripiranga, 30 de janeiro de 2012
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